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Abundância

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Todos os dias agradeço o que tenho. No passado recente, houve muitos dias em que esta fruteira apenas teve uma variedade de fruta. Visto assim, custa a crer, mas o desemprego coloca-nos em situações muito difíceis. Perde-se rendimento e dignidade, sofre-se em silêncio.

Não podemos deixar de incentivar o lado formiga que há em nós, o guardar na abundância para os dias mais complicados, para aqueles dias em que todos os cêntimos contam.

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Da horta

A horta é pequena, mas tem sido produtiva (não vou mencionar o dia em que os cães destruíram a cultura de ervilhas). As beterrabas demoraram-se na terra, isto porque ainda estou a adubar naturalmente com o composto que vamos fazendo e o solo não está uniforme. Umas cresceram muito e outras ficaram mais pequenas. Também contribuiu para isso o facto de termos plantado algumas plantas muito juntas. Mãos pequeninas que ajudam e a horta não tem que ser uma obra perfeita, alinhada ao centímetro. Faz parte.

A nossa horta funciona também como uma terapia, a rega é demorada e lá vamos tirando as ervas daninhas, observando os bichos que por ali andam. O gato não perde uma oportunidade de beber água directamente da mangueira, mas é ágil e não estraga nada. Lindo bichinho!

Quanto às beterrabas, foram lavadas, descascadas e raladas (talvez fosse útil ter uma máquina que fizesse este processo mais rapidamente). Optei por usar luvas neste processo, para não ficar com as mãos cor-de-rosa. Depois dividi em sacos e congelei, assim crua.

Vou utilizar quando saltear legumes para acompanhar as refeições. Numa frigideira alta anti- aderente que tenho, coloco um fio de azeite e junto ervilhas, espinafres, cenoura, alho francês, cogumelos, cebola, alho, pimento, o que tenha disponível e em breve irei adicionar a beterraba. Deixo saltear, mexendo ocasionalmente e tempero apenas com ervas, coentros, orégãos e alguma pimenta branca. Não utilizo sal.

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Reorganizar

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Eu e os filhos temos investido tempo a reorganizar a casa. Cada um da sua forma e à medida das suas capacidades. O filho mais velho tem-se revelado muito prendado nas construções e no cuidado do jardim. Foi ele que arrancou as nossas buganvilias, tivemos que desistir delas devido ao espinhos e ao crescimento gigante das plantas que até o chão levantou. Menos é mais.

A casa vai ficando diferente, adaptando-se aos tempos. Não nos custa ficar em casa, é o espaço onde nos sentimos bem.

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À Espreita

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Actualmente resta esta velhota. Normalmente temos conjuntos de quatro galinhas, porque vão limpando o terreno das ervas e na altura em que põem ovos, obtemos facilmente duas dúzias por semana. Mas há sempre uma ou outra que acaba por não resistir. Os cães têm tido alguma influência nessa redução e por isso estamos a melhorar o espaço onde elas se encontram, construindo um galinheiro mais sólido e seguro. A madeira é bonita e tem o seu conforto, mas com o tempo acaba por se estragar, em particular se tiver em contacto directo com o calor e a chuva. Além disso, queremos aumentar a horta e para isso há que separá-las dessa zona. De momento, temos apenas uma pequena horta, sobre a qual falarei noutro dia e as flores foram sendo destruídas pelos animais.

Tenho imensas memórias do jardim cheio de flores, gostava de voltar a ter várias espécies.

 

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Batalha

No Verão passado rumámos até Fátima. Há muitos anos que não visitava o Santuário de Fátima. As diferenças são notórias. Não sou grande fã de multidões, de espaços apinhados de pessoas. Prefiro passeios com alguma tranquilidade, mas neste lugar não é fácil. À tarde fomos até à Batalha.

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O Mosteiro de Santa Maria da Vitória é imponente. Com muito menos visitantes que Fátima, foi possível admirar a grandiosidade deste monumento sem grandes confusões.

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Dias Atípicos

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Estou a trabalhar a partir de casa há cerca de 2 meses. E se há dias em que tenho saudades da balbúrdia da cidade, a maior parte dos dias sinto-me muito feliz por conseguir ser produtiva e realizar grande parte do meu trabalho a partir do meu canto.

Já iniciei até algumas pequenas reformas em algumas divisões da casa. Espero torná-la mais acolhedora. A ausência de tempo seco não tem facilitado esta tarefa, mas não tem sido impeditivo.

Acredito que muitas empresas vão mudar completamente o seu modo de funcionamento, a diminuição dos custos pesará nessa decisão. Vamos ver o que aí vem.

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16

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Quase no final de Fevereiro, o meu filho mais velho celebrou 16 anos. Verdade, já passaram 16 anos. Como é que isto aconteceu e eu nem dei conta? Ainda me recordo das imensas coisas que escrevi sobre ele, aqui no blogue, existe até uma etiqueta só para ele: “Coisas do Filho Mais Velho”.

Mantém-se a energia, é o rapaz dos sete ofícios, é trabalhador, dedicado e muito teimoso. Tem uma certa pretensão de que manda cá em casa, coisas de filho mais velho. Às vezes faço-lhe as vontades, mas só às vezes. Gosto de o ver sorrir.

Muitos dos cabelos brancos que tenho, é graças a ele. Oxalá o rapaz tenha juízo e que mesmo quando eu não vejo, ele se lembre de todos os ensinamentos que lhe transmito.

E uma pitada de sorte! Faz sempre falta. O amor da mãe, ele já tem.

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Olivença

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No início do ano rumámos até Olivença. O trajecto pela estrada nacional é lindíssimo. Também acho que tivemos muita sorte com o dia, apesar de ainda ser Inverno na altura, esteve soalheiro. É uma cidade bonita, cheia de história. Arrisco a dizer que os oliventinos estão habituados às visitas dos portugueses.

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Julgo que teria sido interessante, fazer uma visita guiada, com alguém conhecedor que nos chamasse a atenção para todos os detalhes. Acredito que a maioria nos escapou.

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Devíamos ter apostado numa cesta de piquenique, a gastronomia não nos convenceu. Ainda pensámos que por estar junto à fronteira, houvesse algo mais para além de tapas e calamares. Se existe, não encontrámos. Mas foi um dia bastante agradável.

 

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O tempo dá passadas de gigante

Quem diria que já passaram 2 anos desde a última vez que escrevi no blogue. Parece que foi há bem menos tempo.

Deixei de andar de comboio, algum tempo depois. Tanta coisa mudou e tanta coisa permaneceu igual. Os filhos cresceram, adaptaram-se à sua nova realidade, os mais velhos tornaram-se adolescentes, deixaram de apreciar todas aquelas imensas coisas que fazia e que aqui partilhava, sempre com o objectivo de lhes criar memórias, boas memórias da infância. O filho mais novo, ainda se entusiasma com a possibilidade de fazer um bolo e acompanha-me em muitas outras tarefas, sempre sorridente. Não posso desperdiçar o tempo que ainda resta, até também ele se ver confrontado com todas as dúvidas e incertezas da adolescência.

Não sinto que foi tempo desperdiçado, lá mais para a frente tudo fará muito sentido. E à medida que os filhos exigem menos a minha atenção, posso também aproveitar para fazer outras coisas. Há um sem número de coisas que quero ainda vivenciar. Quem sabe, não retome o blogue? Podia alterar-lhe o nome, para algo que atualmente faça mais sentido, dar-lhe um refresh na imagem.

Assunto, certamente não faltará.

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Leituras no comboio

Fico surpresa de ainda visitarem este blogue, há tanto tempo abandonado. Tantas coisas aconteceram nos últimos anos. Seria bom se a pouco e pouco, eu conseguisse limpar as teias de aranha que por aqui se instalaram e voltasse a partilhar alguns dos meus momentos…

Com mais de 60 minutos disponíveis por dia em viagens de comboio, havendo vontade, não é difícil ler em quantidade. Deixo aqui então, um pequeno apontamento dos livros que me têm acompanhado:

  • Origem de Dan Brown – adorei este livro, lê-se muito bem, apesar de ser volumoso;
  • A Valsa do Adeus de Milan Kundera – não é um livro de leitura fácil, mas arrancou-me vários sorrisos, tem partes muito divertidas, apesar de não ser o meu género favorito, para mim é um livro muito bem escrito, somos quase da mesma idade, eu e o livro…
  • Madame Bovary de Gustave Flaubert – este ainda estou a ler. Na verdade fiz uma pausa. Conto retomar, mas tenho que estar com o espírito certo.

Tenho também optado por um ou outro jogo de Sudoku, por algumas revistas de decoração. Já fiz crochet também, mas sinto-me muito observada e por ora não conto retomar. A ideia é ocupar esse tempo com alguma actividade que me descontraia, tudo o que se afaste disso é de evitar.